O aclamado cineasta Guy Ritchie leva seu estilo dinâmico para a épica aventura de ação e fantasia Rei Arthur: A Lenda da Espada. Com Charlie Hunnam no papel principal, o filme é uma tomada iconoclasta do clássico mito da espada Excalibur, traçando a jornada de Arthur das ruas para o trono.
Quando o pai do jovem Arthur é assassinado, Vortigern (Jude Law), seu tio, se apodera da coroa. Sem ter o que é seu por direito de nascimento e sem ideia de quem realmente é, Arthur cresce do jeito mais difícil nos becos da cidade. Mas, assim que ele remove a espada Excalibur da pedra, sua vida muda completamente e ele é forçado a descobrir seu verdadeiro legado.
Guy Ritchie é um cara que particularmente me surpreende com seus filmes quase sempre. É um diretor que trabalha com tramas aparentemente comuns e mainstreams de uma forma mais cativante que meros filmes sobre espiões, ladrões e agora a idade média.
Apesar de introduzir elementos míticos do Rei Arthur nunca explorados antes no cinema, Guy Ritchie não se atém ao material literário da história do Rei para contar seu novo filme. Há todos os elementos comuns para a ambientação da Idade Média que já vimos em diversos filmes, mas Rei Arthur se destaca por ir além com um visual inovador digno de um atraente jogo de vídeo game, com uma trilha sonora medieval remixada empolgante seguida pelas incríveis técnicas de montagem do diretor que produz takes frenéticos que dão uma originalidade a história.
O problema do filme é que temos um diretor que, apesar de ser talentoso, prioriza demais a estética à narrativa de seus filmes. O roteiro, escrito por três pessoas, sendo uma delas o próprio Guy Ritchie, tenta seguir um ritmo forçadamente frenético que é incoerente e cansativo. Rei Arthur cria uma guerra colossal e inexplicável entre humanos e magos que, junto a falta de uma motivação plausível para o vilão Vortigern, fica evidente a falta de tato do diretor para criar um mínimo de drama sequer em seus filmes.
Já Charlie Hunnam (de Sons of Anarchy) consegue dar vida ao Rei Arthur sem precisar tirar muito da direção. O ator é carismático e transpõe esse carisma para o personagem, dando a justificativa que faltou no roteiro do porquê do povo de Camelot decidir seguir Arthur além do mesmo possuir uma espada mágica.
O indicado ao Oscar Jude Law (Cold Mountain, O Talentoso Ripley) é o que mais sofreu com o roteiro pobre do filme. Jude é um ótimo ator, mas seu personagem é o típico vilão clichê sem motivações de filmes de criança. O ator tenta encaixar uma carga dramática do seu personagem na trama, porém tudo no filme é tão corrido e sem sentido que o esforço acaba passando despercebido pelas exaustas 2 horas de projeção.
Estão também no elenco Astrid Bergès-Frisbey (Piratas do Caribe 4: Navegando em Águas Misteriosas) como Mage; o também indicado ao Oscar Djimon Hounsou (Diamante de Sangue, Terra de Sonhos) como Bedivere; Aidan Gillen (série Game of Thrones da HBO) como Goosefat Bill; e Eric Bana (Star Trek) como o pai de Arthur, o Rei Uther Pendragon.
A grande aposta de Guy Ritchie para Rei Arthur: A Lenda da Espada é o aspecto visual do filme, ponto. A tentativa de modernizar a história do Rei é válida, mas completamente carente de um roteiro mais inteligente e emocionante.
De toda forma, vale a pena conferir o resultado que estará disponível nos cinemas brasileiros no dia 18 de maio.
Nota: 7.5
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