Dia 20 de Julho estreia nos cinemas o quinto filme da franquia Transformers, o filme Transformers: O Último Cavaleiro, estrelado por Mark Wahlberg (O Lutador) como Cade Yeager, ainda com as estrelas Anthony Hopkins (Hannibal), Josh Duhamel (Transformers), Laura Haddock (Guardiões da Galáxia) e a novata Isabela Moner.
Nessa terça-feria o diretor Michael Bay esteve em São Paulo e estivemos na coletiva à convite da Paramount Pictures. O diretor falou com a imprensa sobre estar na franquia há tanto tempo e a sua relação com os Transformers:
“Filmes geralmente são uma ideia, no princípio Transformers era pra mim sobre um garoto com robôs em volta de sua casa, essa ideia ficou fixa na minha cabeça. Os (filmes) Transformers são bizarros, porque eles começaram pequenos e ficaram cada vez maiores, tanto que você pode fazer o que quiser com eles. Eles não são pra todo mundo mas tem uma autenticidade. Eu os dirijo e eu mesmo os acho loucos, porque eles são juvenis, são provocativos e depois adultos, é uma grande mistura no mesmo filme, e tem sido uma jornada maravilhosa. O desafio é mantê-los interessantes por cinco filmes.”
O diretor também comentou sobre o consumo de novas mídias e a sua relação com cinema:
“Tem sido dito que os jovens tem usado essas telas menores para assistir filmes, porque tem algo na experiência ser compartilhada. Eu não acho que o cinema irá morrer. Eles não podem experimentar o som, o 3D da mesma maneira fora do cinema, então tentamos criar pra essas telas grandes para que tenham uma experiência melhor. Acho que outras mídias como a TV estão crescendo, mas elas não ferem o cinema, o que mais prejudica é a pirataria que tira as pessoas do jogo. E Transformers é geralmente o filme mais pirateado nos anos em que são lançados, e essa é uma maneira horrível de se assistir o filme. É por isso que faço alguns robôs bem pequenos pra que você consiga ver só no cinema. (Risos)”
Michael também discutiu sobre a continuação na franquia e os rumos que ele espera que sejam tomados, e para ele os personagens deveriam ser melhor desenvolvidos:
“Como eu disse esse é o meu ultimo filme da franquia. Gostaria que os filmes se aprofundassem mais em alguns personagens. Nos últimos anos os filmes tem mostrados muitos personagens como em Os Vingadores, por exemplo, o que não dá tempo de desenvolver muito profundamente cada personagem.”
Outra participação na coletiva foi da jovem atriz Isabela Moner, de apenas 16 anos, em seu primeiro filme de grande proporções. Foi perguntado a ela como ela se sentia em fazer parte desse universo.
“Eu acho que eu tinha por volta de 9 anos quando assisti os três primeiros filmes com meus irmãos, crescer com eles me deu uma conexão com a historia e fazer parte dela é uma loucura. Não é nada do que a gente espera ser, eu achei que seria mais fácil. Eu não sabia que todas, ou quase todas as explosões iriam ser reais, mas eu estava amparada por leis trabalhistas infantis (risos). Michael Bay comenta (“…era um ambiente muito seguro, a segurança é um item primordial no set.”) Ela continuou dizendo que o primeiro dia definiu o tom das filmagens. “Eu entrei no set, estava intimidada, estava nervosa, não sabia o que iria fazer, e fui até o Michael Bay e ele me perguntou se eu sabia usar um extintor de incêndio.”
A atriz também falou como era atuar com personagens que não estavam lá.
“Eu me lembro num dia de set que eu estava interagindo com o Hound, que é um dos meus personagens favoritos, por causa do cigarro dele em formato de bala, e eu ficava tentando imaginar como seria olhar pra ele. Eu estava olhando em um só ponto, mas ele (o diretor) disse que não era assim, que ele tinha um rosto enorme e que os olhos dele estavam a cinco pés de distancia entre si. Uma vez colocaram uma cabeça do Bumblebee e foi bem legal, porque ela estava lá com todos os detalhes.”
O diretor Michael Bay elogiou bastante o talento da novata:
“Ela é uma atriz muito jovem, começou o filme com 14 anos, e já está com 27 anos hoje (risos). Mas tem uma cena em que um robô morre na frente dela e não havia nada lá, era ela pura em cena… é foi uma emoção muito grande pra uma criança tão jovem.”
Isabela também comentou sobre que tipo de heroína ela gostaria de representar:
“Se eu pudesse decidir que tipo de heroína seria nos cinemas, eu queria ser uma heroína real. Porque quando você vê esses heróis eles se mostram quase invencíveis, como se eles não tivessem suas próprias emoções. Mas eu acho que personagens que tem emoções podem ser personagens muito fortes também, pela força que elas tem de lutar pelas coisas que acreditam.”
E Michael foi bem enfático quando perguntaram o que ele achava de ter ganho o prêmio de pior diretor pelo Framboesa de Ouro por seu filme Transformers: A Era da Extinção:
“Você acha que eu realmente me importo? Eu sempre me pergunto porque a imprensa sempre me persegue. Uma vez um crítico muito famoso me disse que era porque eu tive muito sucesso na carreira desde muito novo. Eu comecei a dirigir com 23 e estou muito confortável com o que fiz. As pessoas podem gostar, elas não precisam gostar, a imprensa pode amar, críticos podem odiar, eu não me importo, porque eu não leio o que publicam. Eu faço o filme para o público. O último filme cerca de 110 milhões de pessoas viram, esses menos pessoas assistirão, mas ainda assim são muitas pessoas. Eu sou um dos caras que ajudaram a definir o que o Blockbuster de verão moderno é hoje, começando com Armagedom. É uma linguagem cinematográfica muito diferente, bem distinto de 13 horas, pra ver cada um você usa músculos diferentes, e você tem que ter habilidades diferentes pra satisfazer o público. Não consigo escolher entre trabalhar em um filme grandioso e bombástico como Transformers ou um drama psicológico como 13 Horas. Eles exigem um estilo muito diferente de trabalho.”
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