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Crítica | Liga da Justiça (sem spoilers)

Crítica por: Phillipe Morais

Finalmente os fãs podem dizer que a espera chegou ao fim, e de maneira bem curta e direta é possível dizer que ela valeu a pena. Depois de muitas controvérsias e espera somos apresentados a uma aventura com um teor episódico e com um forte caráter introdutório. Mesmo conhecendo alguns dos nossos heróis de aventuras prévias, Batman e Mulher-maravilha, ainda precisamos ser introduzidos aos outros integrantes da Liga, que ainda não tiveram a sorte de receber tempo de tela para o seu desenvolvimento, dada as escolhas no universo estendido da DC.

O filme faz um trabalho competente de introdução dos novos personagens, dando o tempo de tela suficiente para as suas apresentações, de uma maneira coerente e  sem grandes atropelos, mesmo tendo que apresentar muitas informações em um tempo limitado. O Flash de Ezra Miler funciona muito bem como alívio cômico. Suas piadas, em geral, se encaixam na narrativa e o herói é claramente uma representação do sentimento dos fãs em relação ao universo em que está inserido. Em várias sequências, seu deslumbramento em descobrir esse novo mundo, e fazer parte de uma equipe liderada pelo Batman (Ben Affleck) e é reflexo do sentimento dos fãs.

Ezra Miller como The Flash

O Aquaman de Jason Momoa se encaixa bem dentro da narrativa e suas interações com o resto da equipe são coerentes. Também é muito satisfatória a introdução do Ciborgue de Ray Fisher, que é peça fundamental no desenvolvimento da trama, já que ele mesmo  é fruto de uma experiência do seu pai com uma das caixas maternas. A trama é ágil e não se perde em momentos que não acrescentem no que a narrativa demanda.

Com essa mesma eficiência, somos apresentados a Lobo da Estepe, que aqui não tem o mesmo brilho dos nossos heróis. Sua figura, embora seja a ameaça iminente apresentada pelo filme, não chega a ser um ponto alto do longa. Seu plano consiste em reunir as caixas maternas, instrumentos de grande poder com o qual planeja dominar a terra. As sequências de ação do filme giram em torno basicamente da tentativa de impedir que Lobo da Estepe consiga reunir as três caixas maternas, divididas entre os homens, amazonas e atlantianos. Todas as explicações sobre as caixas e sua história é construída através de uma narrativa da Mulher Maravilha de Gal Gadot, que aqui volta a representar com maestria a heroína.

A volta tão esperada do Superman de Henry Cavil ocorre por um instrumento discutível dentro das escolhas tomadas pelo roteiro, embora funcional não parece a melhor escolha possível. O ato final funciona bem, o momento em que todos os heróis lutam juntos consegue empolgar e entregar o que um bom blockbuster precisa pra deixar os espectadores satisfeitos. Como resultado final temos um filme que tenta estabelecer um novo paradigma para o universo estendido da DC/Warner, com uma visão mais otimista onde a palavra chave é esperança.

Nota: 8

Confira a crítica com spoilers do filme aqui

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