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Crítica | Sobrenatural – A Última Chave (2018)

Às vezes é difícil delimitar com segurança quando um filme pretende ser uma sátira genuína ou quando se torna uma de forma espontânea. Sobrenatural sempre foi um terror difícil de classificar mas é possível afirmar, com certa segurança, que esse 4º capÍtulo da saga entretém e diverte, seja pela galhofa de certos momentos ou pelos sustos espalhados por todo o filme.

A fórmula não foi alterada e não temos nada de imensamente inovador, a história gira em torno da caça a uma entidade demoníaca. O filme, assim como os anteriores, não perde tempo de tela com plots paralelos e em poucos minutos somos apresentados a grande ameaça, que acaba entrando em nosso mundo e deve ser detida pela sensitiva Elise, ligada diretamente aos acontecimentos; toda a história aqui se passa antes daquilo que vimos no primeiro filme da série.

Um dos grandes problemas em classificar a franquia sobrenatural é tentar entender onde começa e termina a brincadeira com o gênero do terror, tanto dentro do cinema quanto na TV. A franquia Sobrenatural é cheia de viradas muitas vezes previsíveis, plots extremamente repetidos e sustos fáceis, mas muitos dos clichês são realizados deliberadamente, como os personagens Specks e Tucker, que claramente são uma sátira explícita aos programas de TV como (caçadores de fantasmas), rendendo boas sequências, que às vezes tendem para o terror.

É clara a intenção em tentar finalizar o arco da personagem Elise, quase um pedido de desculpas pela morte prematura da personagem no primeiro filme da franquia. A caçada ao demônio nos rende algumas sequências de flashback em que podemos entender melhor a história dela, sempre interligando a caça do demônio ao desenrolar de vários acontecimentos ligados ao passado da protagonista, além de encaixar o primeiro filme de maneira muito boa nessa cronologia inversa que a franquia estabeleceu. A representação do além continua firme e forte abusando do gelo seco, mais uma vez o tom comido e satírico se mistura a intenção de assustar; podemos notar também as ironias do roteiro, como ter uma entidade sobrenatural ligada à portais ocorrendo em uma cidade chamada Five keys, e como se já não fosse o bastante o demônio ainda tem chaves em seus dedos, diga-se de passagem, chaves com usos bastante criativos.

No final das contas, Sobrenatural continua sendo estranho. Em alguns momento,s galhofa demais para ser um terror e em outros, terror demais para ser um simples “terror”, mas embora tão contraditório, ainda é muito divertido e vale a pena conferir, principalmente pra quem já acompanha e gosta desse estilo difícil de classificar.

Nota: 7

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