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Crítica | Maze Runner – A Cura Mortal (2018)

Uma distopia em um futuro não muito distante, protagonista jovem e o destino da humanidade em jogo; ingredientes fundamentais para um filme adolescente em um passado não muito distante onde varias franquias brigavam pela atenção do público adolescente e de jovens adultos, que consumiam assiduamente esse tipo de conteúdo no maravilhoso universo das sagas literárias. Em Maze Runner – A Cura Mortal, terceiro e último capítulo da franquia, temos todos esses elementos fundamentais, mas apresentados de uma maneira minimamente coerente e com um elenco que consegue ter carisma e entregar um resultado final convincente.

O filme funciona especialmente quando não cai nas armadilhas comuns dos filmes que miram o público jovem e adolescente, como um foco desnecessário em triângulos amorosos forçados, tentativas de causar algum impacto emocional com plots igualmente forçados e que muitas vezes não chegam a comover pela precariedade do texto ou da capacidade de entrega dos atores. Embora com várias sequências de ação, o filme não se perde em uma ação desenfreada ou que estraga o ritmo, seja por excesso ou monotonia.

A direção é competente e consegue construir cenas que funcionam, embora não sejam impressionantes. Uma das maiores qualidades do filme está no seu elenco, que desde o começo da série se mostra entrosado, mesmo com as linhas de diálogo clichês em certos momentos. A maioria dos atores consegue convencer e entregar um resultado que foge um pouco do extremamente brega, em especial Dylan O’Brien, que aqui, vivendo o Thomas mais uma vez, entrega bons momentos tanto nas cenas de ação quanto nos com carga mais dramática.

Assim como em todo capítulo final o filme tem muita história para tentar cobrir, ainda precisando encerar arcos e apresentar um desfecho satisfatório. A trama se desenvolve com direito a mais algumas reviravoltas, nenhuma delas chega a comprometer o resultado final, em geral são até programáticas. As conclusões apresentadas são em geral aceitáveis e fazem sentido dentro da franquia, o destino da CRUEL assim como o dos personagens não parece apressado ou jogado na tela de qualquer jeito, embora no que se refere a CRUEL não tenhamos um resultado final tão bom por um problema que vem dos filmes anteriores em estabelecê-la com um peso maior e mais tempo de tela.

O resultado final de Maze Runner – A Cura Mortal é muito mais positivo que negativo, principalmente como um capítulo de encerramento. A série pode ser definida pela sua consciência em entregar um bom entretenimento de ação e nesse último capítulo resgatar as boas características dos filmes anteriores fechando a história de maneira satisfatória, embora se alongando alguns minutos em seu último ato e epílogo.

Nota: 8,0

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