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Crítica | Como é Cruel Viver Assim (2018)

Estréia dia 16 de Agosto, o filme Como é Cruel Viver Assim, com direção de Júlia Rezende (Meu Passado Me Condena) e roteiro de Fernando Ceylão (O Homem do Futuro). Uma comédia dramática que conta no elenco com Fabíula Nascimento (S.O.S. Mulheres ao Mar), Marcelo Valle (Meu Passado Me Condena), Sílvio Guidane (Vai que Cola) e Débora Lamm (Muita Calma Nessa Hora).

A premissa do filme é a reunião de Vladimir, Clívia, Regina e Primo que planejam o sequestro de um milionário para mudar de vida. Com o dinheiro eles pretendem além de ter um vida melhor, serem reconhecidos socialmente e realizar sonhos pessoais. Durante o percurso eles encontram outros personagens que os ajudam a executar essa tarefa, como Flávio (Milhem Cortaz) ex-namorado de Clívia, o criminoso Luiz (Paulo Miklos) e Velho (Otávio Augusto) uma paródia de O Poderoso Chefão.

Fabíula Nascimento e Marcelo Valle em Como é Cruel Viver Assim

O filme tem um tom dramático desde o começo, orientando o protagonista que perdeu o emprego  a refletir sobre as possibilidades de sua vida. O roteiro é cheio de piadas que quebram o ritmo dramático e colocam a trama em um patamar que o espectador não sabe exatamente o que sentir. Não é uma comédia com timing e ritmo, apesar dos brilhantes atores acostumados com comédia, e também não possui uma densidade e construção de personagens que nos liga aos dramas pessoais. A fotografia e a arte do filme estão muito bem acabadas, as locações e os enquadramentos, que variam de quase documental a mais planejados, fazem sentido dentro da proposta. As dificuldades dos personagens, assim como as piadas, são repetidas tantas vezes que perdem a sua sutileza inicial, perdendo um pouco do frescor.

Os atores se desdobraram para construir papéis com camadas, mesmo sendo difícil esse aprofundamento, e vemos atuações muito entregues. Marcelo Valle, faz um protagonista que demostra as dificuldades e sofrimentos internos, Fabiula Nascimento está confortável em um papel de uma mulher sonhadora, mas não é muito explorada. Débora Lamm, faz muito bem uma mulher sedutora de uma maneira torta e Sílvio Guidane, está quase irreconhecível como o problemático Primo. Apesar da entrega e construção dos personagens, a trama ainda parece arrastada e algumas cenas parecem não acrescentar muito.

Nota: 4/10

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