Oscar 2019: O que esperar da 91ª edição da premiação #4 – Pantera Negra e Bohemian Rhapsody

Chegamos à reta final de nossas análises! Hoje, debateremos as chances de vitórias de Pantera Negra e Bohemian Rhapsody, filmes que em 2018 foram grandes campeões de bilheteria. O filme da Marvel teve a segunda maior do ano, com arrecadação em torno de U$ 1,35 bilhão, perdendo apenas para o grande vencedor, seu irmão Vingadores: Guerra Infinita, que teve nada mais, nada menos do que U$ 2,05 bilhões de bilheteria mundial. Já o filme que conta a história da Banda Queen, figura em 8º lugar entre as maiores de 2018, com arrecadação de U$ 743,7 milhões.

Em uma época que a Academia necessita tanto de audiência, nada melhor do que dois filmes com potencial força para ganhar prêmios figurando entre os indicados, chamando o público para acompanhar a mítica cerimônia!

Vamos às análises!

PANTERA NEGRA, de Ryan Coogler.

WAKANDA PARA SEMPRE! A frase cai bem para o título já que Pantera Negra para sempre será lembrado como o primeiro filme baseado em HQ’s a ser indicado ao Oscar de Melhor Filme! Independentemente das questões sociais que o ronda, o filme de Ryan Coogler tem sim seus méritos e chega para abrir as portas para outros que ainda estão por vir!

O longa chega com importantes 7 indicações ao Oscar 2019 e uma possibilidade real de ter mais de uma estatueta conquistada. As que tem mais chances são nas categorias de Melhor Design de Produção e Melhor Figurino, onde vem recebendo alguns prêmios – e um dos mais importantes foi o Critic’s Choice Awards onde conquistou a vitória nas duas disputas, além de Melhores Efeitos Visuais (categoria esta que não foi lembrado pela academia).

O grande desafio de Pantera Negra é derrubar a genialidade de A Favorita em ambas. Aliás, a categoria de figurino promete ser uma das mais concorridas dessa edição, já que todos os concorrentes estão impecáveis e com Sandy Powell (3 vezes vencedora do Oscar) com dupla indicação (como já havíamos dito no texto que tratou de A Favorita) a qual chega com maior probabilidade de vitória do que os outros, o que não quer dizer nada!

Certa mesmo é sua derrota em categorias como Melhor Filme, Melhor Canção Original e nas duas de som. Trilha Sonora é a categoria mais aberta dessa edição! Gosto bastante da música do sueco Ludwig Göransson (estreante em Oscars), mas ele briga com o musical O Retorno de Mary Poppins, de Marc Shaiman (7 indicações e nenhuma vitória), com o atual vencedor por A Forma da Água, Alexander Desplat (e que já conquistou o Oscar por O Grande Hotel Budapeste em 2015), Nicholas Britell, de Se a Rua Beale Falasse (indicado em 2017 por Moonlight) e com outro estreante, Terence Blanchard por Infiltrado na Klan.

As portas estão abertas ao filme da Marvel na noite do dia 24 de fevereiro e, qualquer que seja o resultado, certa mesmo é sua grandiosidade independe de estatuetas. Elas não aumentam nem tampouco diminuem o que a história do reino de Wakanda representa para o cinema, quebra a 4ª parede com suas ponderações sociais e ganha importância dessa indústria tão preconceituosa.

BOHEMIAN RHAPSODY, de Bryan Singer.

Apesar de todos os problemas extra-set, que rondou tanto a pré quanto a pós-produção, Bohemian Rhapsody chega ao Oscar 2019 com pelo menos duas a três estatuetas a serem conquistadas, incluindo Rami Malek como Melhor Ator. O ótimo desempenho do jovem ator já lhe rendeu o Globo de Ouro, o SAG Awards e o Bafta por seu trabalho como o lendário Freddy Mercury, líder da banda Queen. Malek já entra com as duas mãos na taça e uma eventual derrota pegaria todos de surpresa.

(A categoria de Melhor Ator dispõe de 5 GRANDES TRABALHOS DE ATUAÇÃO! Desde o Oscar de 2014 que não testemunhávamos tamanha qualidade, onde qualquer um dos 5 indicados poderiam levar o prêmio que não seria injustiça aos demais. Naquele ano tivemos: Christian Bale, por Trapaça; Bruce Dern, por Nebraska; Chiwetel Ejiofor, por 12 Anos de Escravidão; Leonardo DiCaprio, por O Lobo de Wall Street; e, o grande vencedor, Matthew McConaughey, por Clube de Compras Dallas. Foi ou não foi um ano completo?!)

No total, Bohemian Rhapsody chega com 5 indicações:  Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Montagem, Melhor Edição de Som e Melhor Mixagem de Som. Por ser um filme que tem suas bases musicais, suas chances nas categorias de Som são reais, mas arriscaria dizer que na de Mixagem as chances são maiores, especialmente depois daquela cena do Live Aid e todo o potencial  sonoro de um estádio Wembley lotado cantando as músicas do Queen. Dentro de uma sala de cinema qualquer um se sentiu parte daquela multidão. Já em Edição de Som, vejo suas chances como pouco prováveis, já que, diante de Um Lugar Silencioso, todos os outros se tornam segunda opção. Seria até mesmo injustiça não premiar o filme de John Krasinski.

A Montagem/Edição de John Ottman venceu em sua categoria de Filme de Drama no Eddie Awards (o prêmio do sindicato dos editores). Todavia enfrenta adversários superiores na premiação desse ano e que, naquele Eddie, concorreram em Filme de Comédia: Vice (Hank Corwin) e A Favorita (Yorgos Mavropsaridis), sendo que este último saiu como vencedor.

Mesmo tendo vencido o Globo de Ouro de Melhor Filme – Drama, são quase nulas as chances de Bohemian Rhapsody ter o mesmo “sucesso” que teve no prêmio da Imprensa Estrangeira de Hollywood (Globo de Ouro) – aliás, não adentremos nas polêmicas escolhas daquela premiação. Sendo assim, Bohemian Rhapsody sairía da cerimônia com 2 estatuetas para contar a história.

Esperamos que vocêstenham gostado da nossa cobertura de previsões. Domingo iremos sanar todas as nossas dúvidas! Acompanhem lá no nosso Instagram a cobertura ao-vivo =)

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