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Crítica | A Noite do Jogo (2018)

Uma comédia apoiada em situações constrangedoras, estranhas ou absurdas. Essa seria uma receita bastante comum para uma comédia moderna, porém, como qualquer receita, tem como ponto fundamental a execução. A noite do jogo é um filme que começa bastante despretensioso, embora não se leve a sério demais em momento algum, a trama principal trata do relacionamento entre o casal protagonista Max (Jason Bateman) e Annie (Rachel McAdams); completando as peças do jogo temos um grupo de amigos, um vizinho no mínimo esquisito e uma figura antagonista, que aqui é representada por Brooks (Kyle Chandler), irmão de Max.

A trama do filme engata de verdade quando a competitividade de Annie e Max, que são apresentados desde a sequência de abertura como extremamente competitivos, esbarra em uma noite de jogos diferente proposta por Brooks. A tradicional noite de jogos muda de cenário e saímos da casa dos protagonistas, o jogo agora envolve a resolução de um sequestro e tem como prêmio as chaves de um Corvette Stingray 1976. Participando da disputa junto com os protagonistas temos Kevin (Lamorne Morris)  e Michelle (Kylie Bunbury) um casal que está junto desde seus 14 anos de idade, o que gera a oportunidade de boas piadas dentro do filme; completando o time de amigos também temos Ryan (Billy Magnussen) e Sarah (Sharon Horgan) que também tem bons momentos juntos, embora não formem um casal. Não é preciso esperar muito para que as coisas comecem a dar bastante errado e o que deveria ser uma noite divertida saia completamente do controle, com direito a perseguições de carro, muitos tiros, invasão a festinha exclusiva, um cachorro  ensanguentado e até mesmo uma sequência de perseguição a um jatinho prestes a decolar.

A noite do jogo funciona bem como uma comédia leve e despretensiosa, que se apoia em um humor construído em cima de situações absurdas. As peças não são novas mas a sua organização aqui é boa e funciona no filme, até mesmo o recurso do vizinho esquisito tem uma função dentro da trama principal. Embora nem todos os elementos funcionem bem sempre o saldo é bem mais positivo que negativo, algumas piadas recorrentes podem não funcionar muito bem para todo mundo e algumas situações talvez sejam absurdas demais para a suspensão de descrença, mas quem estiver disposto a se deixar levar pelo absurdo do roteiro vai se divertir sem nenhuma sombra de dúvidas.

Nota: 7

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