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Crítica | Black Mirror: Bandersnatch (2018)

Passei quase 2 horas escrevendo uma crítica toda técnica e bonitinha pra justificar o porquê você deveria assistir a Bandersnatch, novo filme da Netflix no universo de Black Mirror. Falei sobre as atuações que são “ok”, do roteiro que não tem furos e da edição que não deixa a história, mesmo com tantos caminhos, se perder (mesmo que os finais não sejam tão “Black Mirror). Falei até da arte e de como ela reconstruiu bem os anos 80, te ajudando a imergir no ambiente frio e duro do filme. Mas não adianta vomitar técnica se não traz algo concreto junto, não é?

Aqui uma análise de Black Mirror: Bandersnatch

Como muito se falou, esse é o primeiro filme interativo da Netflix. Nele você tem o poder — ou a ilusão dele — de decisão. Decidir o que o Stefan (Fionn Whitehead) vai comer ou escutar, até mesmo quem vai morrer e como. São decisões duras e frias, assim como todo o filme. Não temos amor, não temos piadas nem nenhum momento cômico.

Fionn Whitehead (dir) Will Poulter e Asim Chaudhry – Imagem: Netflix

O plano de fundo da história é o desenvolvimento de um jogo, o Bandersnatch. Ele promete dar o poder da decisão ao jogador, criando diversas redes e possibilidades de escolha. Mas, desenvolvendo o jogo, Stefan percebe que não está no controle de sua realidade, que alguém ou algo está. E esse “algo” somos nós. Começamos como impulsos, como o que comer ou que música ouvir, e então temos grandes escolhas. Escolhas que mudam de vez a trama do filme.

E são essas grandes escolhas que te jogam no clássico abismo de Black Mirror, em que você sai com aquele soco na barriga após os créditos subirem. Mas, dessa vez eles foram além: Você decide se os créditos vão subir ou se você vai tentar corrigir alguma ação que tomou, criando uma realidade paralela em que novos finais são possíveis, novas ações e respostas dos personagens.

A sensação, no início do filme, é de poder e euforia. Você pela primeira vez pode decidir o que um personagem vai fazer e isso é, no mínimo, fod*. Mas no decorrer da história, as decisões vão se tornando mais difíceis, mais duras e mais frias. Você sai de escolher um Sucrilhos ou outro cereal, para escolher como **** (spoiler) vai morrer. Essas são decisões bem complexas e que você tem apenas 10 segundos para decidir.

Fionn Whitehead – Imagem: Netflix

A experiência deste “evento” — como a Netflix resolveu chamar — é sem precedentes. Vale a pena conferir o resultado por si mesmo e levar a experiência até o fim. Ah! Não deixa subir os créditos na primeira ver que encerrar. Continua seguindo as opções que tem uma que vale a pena conferir! Mas como prometido, sem spoilers!

Nota: 8,5

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