Crítica | Titãs 1ª temporada – Netflix

A gente vem pedindo há um tempo pra DC abraçar sua bagagem dark dos quadrinhos e fazer séries mais sangrentas e densas. Porém, os ensolarados Jovens Titãs eram o último grupo que via algo assim acontecendo. Mas que bom que rolou!
Titãs acompanha a história do ex-Robin Dick Grayson, um ano após sair de Gotham deixando seu passado e o Batman para trás. Agora trabalhando como detetive, encontra Rachel, uma garota que acabou de perder sua mãe e está sendo perseguida por assassinos. Ao tentar ajudá-la, Dick descobre que a garota faz parte de algo maior, uma profecia, uma ameaça à Terra.

Ver os personagens que cresci assistindo, agora mais palpáveis e em carne e osso é uma experiência e tanto. A química, o humor sarcástico, a amizade e a boa conduta, marca registrada dos Jovens Titãs, ainda está lá; inseridos em um universo sem limites legais (digo de lei mesmo) em que, por exemplo, podemos ter o Batman, menção à Mulher-Maravilha e à Liga da Justiça em um só episódio. Vem muita coisa boa por aí e envolvem um patrulha, um cachorro e um “super-garoto”. (no spoilers)
Titãs é um mix da violência de Arrow, o ambiente sombrio e bizarro de Gotham e um pequeno toque de The Flash + Supergirl. O resultado é uma história aparentemente simples, mas interessante de ser acompanhada, com personagens bem construídos e ótima trilha sonora. Além de bastante sangue e ossos quebrados.

Mesmo pecando no ritmo e alguns episódios com momentos bem forçados, temos em geral uma boa série, que nos abandona em um season finale que deixa mais lacunas que ganchos para próximas temporadas. Um episódio confuso sem muito a acrescentar à trama.
Antes de encerrar, lembre de ter em mente: Titãs é uma série de baixo orçamento, então não vá esperando encontrar nenhum dragão soltando fogo azul ou explosões de fogo verde xD

Nota: 8,0

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