Crítica | Motorrad (2018)

Motorrad é a diversificação de cenário e de temática no cinema brasileiro de grande público.

Estreia hoje, dia 01 de março, o longa Motorrad dirigido por Vicente Amorim (Um Homem Bom, 2008) distribuído pela Warner Bros. Pictures. O filme conta a história de um grupo de motocross que é perseguido por motoqueiros assassinos no paradisíaco cenário da Serra da Canastra em Minas Gerais. Um thriller com grande apelo internacional, para o público de terror e de suspense. O filme já foi vendido para diversos países, além de ser foi o único filme brasileiro presente no Festival Internacional de Cinema de Toronto em 2017.

Elenco com o diretor Vicente Amorim e o produtor LG Tubaldini, na pré-estreia do filme em São Paulo Foto: Paulo Ernesto/Cin3filia

Os personagens são baseados por criações do quadrinista Danilo Beyruth (DC comics) e o grupo de motocross é formado por nomes como Guilherme Prates (O Vendedor de Sonhos, 2016) e Emilio Dantas (Em Nome da Lei, 2016), os irmãos Hugo e Ricardo, Carla Salle e Juliana Lohmann. O jovem elenco nos conduz por uma perseguição de motos ao fugir de um grupo de assassinos pela Serra da Canastra. O clima de mistério e suspense é feito bem aos moldes hollywoodianos de terror e serial killers.

Segundo o diretor, o longa foi filmado intensamente, num cenário com condições de locomoção e filmagens complexos, mas que acrescentaram de forma única ao visual e a atmosfera da história. Ele se orgulha do feito de fazer um filme desse gênero, que é raro no Brasil.

O filme passa bem rápido e a trama não é muito complexa. Garante uma certa apreensão e alguns sustos, mas nada muito apavorante ou inovador no quesito roteiro. Os personagens têm poucas falas e o filme se baseia muito no entretenimento visual, garantido por imagens aéreas e de câmeras fixadas nos personagens. É um thriller que não poupa muito de detalhes visuais e de cenas de ação, que podem cansar um pouco o espectador.

Guilherme Prates e Emilio Dantas como os irmãos Hugo e Ricardo em Motorrad

Motorrad tem como maior diferencial explorar novos campos no cinema nacional, seja de gênero, público ou cenário. Essa mudança acrescenta muito na produção nacional e dá ao grande público a oportunidade de ver outros tipos de produções brasileiras em cartaz nas grandes redes de cinema.

Nota: 6,0

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