Crítica | A Promessa (2016)
Terry George, o aclamado diretor de Hotel Ruanda, está lançando um novo filme, A Promessa, que estreia no Brasil dia 11 nos cinemas. Dessa vez, o diretor irlandês conta a história de Mikael (Oscar Isaac) um armênio que, as vésperas da Primeira Guerra Mundial, sai do seu vilarejo rumo a Constantinopla para estudar Medicina. A Promessa feita por ele é que depois dos 3 anos de estudo ele voltará para os braços da noiva e como prometeu para sua mãe, aprenderá a amá-la.
Porém, ao chegar na cidade cosmopolitana ele conhece e acaba se apaixonando por Anna(Charlotte Le Bon), uma artista armênia que é a tutora de suas primas. Anna namora um jornalista americano (Christian Bale) e os dois apresentam para o Mikael um mundo fascinante através das artes e de suas experiências de aventura e viagens pelo mundo. Assim, forma-se um sedutor triângulo amoroso na esfera privada enquanto a primeira Guerra Mundial está prestes a eclodir.
Com foco no drama pessoal do personagem de Oscar Isaac, o filme contrapõe os seus desejos e suas promessas. Porém, pouco a pouco, os problemas provocados pela guerra ganham força e a luta pela sobrevivência fica cada vez mais difícil, pior ainda para um armênio em meio ao império turco otomano.
No começo da 1a guerra mundial, com a prerrogativa de realocar a população Armênia local para fora da zona de guerra, o Império Turco Otomano causou a chacina de mais de um milhão e meio de armênios entre crianças, homens e mulheres dos mais diversos vilarejos.
A medida que o filme se desenvolve, a guerra ganha mais força na narrativa e com isso as relações, pouco a pouco, se transformam. A beleza do filme está nisso, mais do que uma história de amor, o filme é sobre as dificuldades da guerra e a união entre pessoas de diferentes origens em busca de sobrevivência.
Nota: 6/10