Crítica | As Duas Irenes (2017)

Nessa quinta-feira dia, 14 de setembro, chega às salas de cinema o filme “As Duas Irenes” marcando a estreia em longas do diretor goiano Fabio Meira. A trama conta, sob o ponto de vista de uma garota de 13 anos, a descoberta de que seu pai tem outra família e uma filha de mesma idade e nome.

O filme se passa em uma pequena cidade do interior, perdida no tempo, na qual vive Irene, a filha do meio de uma família tradicional. Ela então aproxima-se de outra Irene, sua irmã por parte de pai e tenta descobrir mais sobre essa outra família. A obra utiliza-se dessa premissa para explorar um universo interiorano, pacato e cheio de historias mal contadas.

O diretor então faz um trabalho bastante cuidadoso, mostrando uma realidade na qual as convenções sociais ainda imperam de forma retrograda, e o trata sem julgamentos ou estereótipos. Nos imergir nessa atmosfera de maneira leve e informal é uma das maiores qualidades do filme.

Priscila Bittencourt e Isabela Torres em As Duas Irenes

 Outro ponto de enorme sucesso foi a escolha das jovens atrizes. Ambas sem experiência em filmes previamente, Priscila Bittencourt e Isabela Torres, as duas Irenes, transitam pelo roteiro de forma expontânea, confortável e afetuosa. Elas desenvolvem as suas personagens e desenrolam os conflitos com a confiança de atrizes já experientes. Além das duas, o elenco conta com a participação de Marco Ricca, Susana Ribeiro, Inês Peixoto e Teuda Bara, que enriquecem ainda mais esses personagens do interior.

O filme já mostra o seu objetivo desde o começo, já é apresentado o drama nas cenas iniciais, o que ganhamos é essa experiência de contato lenta e orgânica dessas duas famílias, que nos ajuda a refletir sobre a composição e convenções que ainda existem e as que não mais se sustentam em nossa sociedade.

Nota: 8/10

TRAILER

Comentários

Comentários

Login

Welcome! Login in to your account

Remember me Lost your password?

Don't have account. Register

Lost Password

Register