10 anos sem Heath Ledger
Há exatos 10 anos o cinema perdia um dos seus mais talentosos atores: Heath Ledger! Nascido em 4 de abril de 1979, na cidade de Peth, Austrália, o então promissor jovem ator mudou-se para os Estados Unidos no ano de 1998 em busca de se tornar ator. Logo um ano depois de sua chegada, estrelou ao lado de Julia Stiles e Joseph Gordon-Levitt, um dos maiores sucessos juvenis da década, o sempre lembrado “10 Coisas Que Eu Odeio em Você”.
Depois disso, foi um sucesso atrás do outro: foi filho de Mel Gibson no inspirador “O Patriota”, em 2000; protagonizou “Coração de Cavaleiro”, em 2001; foi um coadjuvante marcante em “A Última Ceia” no mesmo ano; fez o papel de irmão de Matt Damon em “Os Irmãos Grimm” 2005, mesmo ano em que apareceu com seu inesquecível cowboy Ennis Del Mar em “O Segredo de Brokeback Mountain”, filme que lhe rendeu as suas primeiras indicações aos prêmios de cinema daquela temporada. Além de arrojado e corajoso, o filme de Ang Lee ainda contou com poderosas performances das estrelas em acessão Jake Gyllenhaal, Anne Hathaway e Michelle Williams, mas que, sem dúvidas, tinham em Ledger a referência a ser seguida.
Mas foi com o seu inesquecível, ácido, anarquista e insano Coringa que Heath colocou de vez o seu nome na história! Em “Batman: O Cavaleiro das Trevas”, ele teve a habilidade de roubar completamente a cena diante de Christian Bale, Morgan Freeman, Michael Cane, Gary Oldman e cia, num dos mais perfeitos trabalhos de imersão e estudo de personagens já vistos. Ledger, como a maioria já tem conhecimento, se trancou por um mês num quarto de hotel trabalhando em cima do seu futuro vilão do Batman, desenvolvendo trejeito e voz que se tornaram ainda mais icônicos depois de visto nos cinemas com frases célebres como “Why so serious?” ou, ainda, “Let’s put a smile on that face!” e, pra fechar com chave de ouro, “As you know, madness is like gravity… all it takes is a little push! HAHAHA”.
Aqui, o espectador deseja veementemente vê-lo de novo cada vez que ele sai de cena. Com seu desempenho completamente verossímil, Heath Ledger, infelizmente de maneira póstuma, conseguiu “arrastar” um caminhão de prêmios como “coadjuvante” no filme do Homem-Morcego. Os momentos mais marcantes, sem dúvida, são aqueles em que seus companheiros de produção e família tiveram que subir ao palco para recebê-los em seu nome, como ocorreu no Globo de Ouro e Critic’s Choice (ambos entregues ao diretor Christopher Nolan), SAG Awards (recebido com um discurso comovente de Gary Oldman) e, claro, o prêmio da Academia onde os pais e a irmã dele agradeceram pela consagração dada e que recebiam a estatueta do Oscar “em nome da sua linda Matilda” – filha do seu antigo casamento com Michelle Williams.
Quis o destino que o Sr. Ledger falecesse um pouco mais de um ano antes disso tudo acontecer, ou a 6 meses da estreia do seu Coringa nos cinemas, acontecimentos que deixaram, ao mesmo tempo, um sentimento de curiosidade e vazio sobre seu trabalho. Mas, com toda certeza, o que não deixou vazio algum foi sua carreira e seu curto, porém grandíssimo legado, afinal, por décadas iremos lembrar de seus personagens.