Crítica | Benzinho (2018)

No dia 21 de agosto, aconteceu em São Paulo a cabine e pré-estreia do filme Benzinho (2018), que desde o trailer mostra-se uma história muito emocionante. O enredo começa quando uma família recebe a notícia que o filho mais velho foi convidado para mudar-se para Alemanha, para jogar handebol. O menino fica empolgado com a possibilidade, porém a novidade causa muita preocupação na mãe, que vê sua prole crescendo e deixando seu ninho, ao mesmo tempo que tem que lidar com algumas situações familiares. Um marido que procura um novo emprego e formas de ganhar dinheiro, seus filhos pequenos e sua irmã que começa a precisar mais dela, após sofrer uma violência doméstica, são algumas de suas preocupações.

O filme que se passa sob uma casa que está demorando, tem todos os conflitos e alegrias de uma família normal, que podemos acompanhar através do olhar da mãe, a talentosíssima Karine Teles (Que Horas Ela Volta?). Com direção de Gustavo Pizzi (Riscado), é co-roteirista juntamente com atriz protagonista e também seu ex-marido. Essa mistura de uma família fictícia com integrantes de uma família de verdade, traz para o filme camadas poderosíssimas tanto de atuação, quanto de relação entre os personagens (os gêmeos são filhos do casal) que possuem momentos muito íntimos e sinceros. É perceptível a sobreposição de diálogos, discussões, brincadeiras, que soam tão espontâneas que às vezes parecem não roteirizadas ou encenadas, trazendo uma experiência diferenciada em tela.

Konstantinos Sarris e Karine Teles em cena de Benzinho

O filme é muito detalhado e com decisões acertivas, desde figurino dos personagens até os dramas psicológicos dos integrantes da família. O desenho do som do filme também é muito impactante e extremamente bem concebido. A história de tema universal, tem conseguido emocionar o público internacional, mesmo tratando-se de uma história especialmente brasileira.

Uma co-produção brasileira e uruguaia, que foi finalizada no Chile e que já tem uma carreira de sucesso em festivais internacionais, além de  concorrer atualmente no Festival de Gramado.

Além de Karina Teles, o elenco conta com o novato, Konstantinos Sarris, que interpreta o filho mais velho, que é muito sensível e entregue para todas as cenas. Também é muito surpreendente e bonito o desempenho de Otávio Muller, um ator geralmente de comédias, em um drama de um pai complexo. Adriana Esteves mostra mais uma vez ser uma grande artista por conseguir ser coadjuvante de uma forma muito generosa, sem batalhar pelo protagonismo e mesmo assim brilhar muito. As crianças são maravilhosas e super carismáticas e trazem muita verdade para o filme.

BENZINHO com certeza é um filme imperdível, cativante e sincero, um trabalho que merece ser visto e divulgado o máximo possível, estréia amanhã (23 de agosto) nos cinemas.

Nota:10/10

 

Comentários

Comentários

Login

Welcome! Login in to your account

Remember me Lost your password?

Don't have account. Register

Lost Password

Register