Crítica | Friends from College (Netflix) – 1ª temporada
Friends from College narra a história de seis amigos que estudaram em Havard, e vinte anos depois se reúnem e revivem assuntos inacabados. Paixões, desespero, culpa e arrependimento, sentimentos tão comuns à todos, dão um tapa em seus rostos enquanto tentam escondê-los em segredos.
É impossível não comparar a série com outras do gênero, principalmente com as mais famosas como Friends e How I Met Your Mother. Vale destacar que a nova série da Netflix, criada por Francesca Delbanco e Nicholas Stoller, não bebe de nenhuma das séries. Com um enredo nada original, ela decide fazer apenas o “arroz com feijão” e não o realiza tão bem, embora divirta no processo. É como se todos os clichês de séries anteriores fossem mesclados e multiplicados várias vezes.
Temos um cast bom com um roteiro bem ruim, raso e caricato. Logo, cada ator tenta ao máximo desenvolver o seu personagem durante os oito episódios da série, mas nenhum alcança sucesso, alguns são até engolidos como a Marianne, interpretada pela Jae Suh Park e o Felix, interpretado pelo Billy Eichner. Não compreendo até o momento a escolha dos criadores em fazer a trama girar em torno do personagem mais chato do grupo, o Ethan Turner, interpretado pelo Keegan-Michael Key que é um bom ator, principalmente para dublagens e meio que tentam encaixar essa “habilidade” do ator em seu personagem e fica estranho beirando o ridículo.
A Cobie Smulders está, dentro do possível, boa em sua personagem, a Lisa Turner. Junto com a Annie Parisse, que interpreta a Sam, são as que mais conseguem desenvolver seus personagens e torná-los mais densos, interessantes e, surpreso, engraçados. Caso a série focasse em uma dessas personagens, com certeza melhoraria absurdamente.
Com um fotografia de série britânica, Friends from College tem um charme não esperado pelo material divulgado, o que não é desapontador já que casa bem com o caos que é a vida dos protagonistas. Mesmo clichê em sua trama, a relação entre os personagens enterte o bastante para te fazer pedir mais. E comprova que uma sitcom no novo padrão “6 episódios” é difícil de se fazer.