Crítica sem spoilers – Vingadores: Guerra Infinita (2018)
Por Renand Zovka
Guerra infinita encerra dez anos do universo Marvel no cinema e entrega o que nenhum outro filme do gênero fez; Trazer um real senso de perigo para a narrativa dos heróis. Na verdade o Soldado Invernal, outro filmes dirigido também pelos os irmãos Russo, trazia um pouco desse tom, mas em uma escala ”infinitamente” menor.
Os irmãos que também sabem trabalhar de forma fluída as cenas de ação, e esse processo fica mais evidente no equilíbrio dos personagens que dividem esforços em cena. Claro que um grande suporte a isso foi a estratégia da Marvel de construção de universo durante todos esses anos, deixando desnecessário o aprofundamento dos personagens, economizando tempo para o desenvolvimento da história. O que impressiona, emociona e engaja o público são as combinações de heróis que formam núcleos interessantes, bem formatados e igualmente importantes para o desenvolvimento e conclusão da história.
O elenco dispensa apresentações, o mais importante sobre as atuações foi a permanência do tom de cada personagem, carisma e entrosamento mesmo em misturas de núcleos já vistos em outros filmes da Marvel. Em destaque para o Chris Hemsworth (Thor) que parece ter encontrado o equilíbrio do seu personagem e também para Josh Brolin (Thanos) que é responsável pela maior carga emocional do filme, além claro, de ser de longe o vilão mais ameaçador do universo. Por fim, apesar de Guerra infinita terminar prometendo um novo futuro para o universo, que é uma coisa boa claro, o sentimento principal ao termino deste filme é de dever comprido e respeito com os últimos 10 anos de trabalho de construção de todo ciclo da Marvel. Não arrisco dizer que se não tivessem mais filmes deste universo, já estaríamos em boas mãos, visto que Guerra Infinita encerra o ciclo com um fim digno de lágrimas e aplausos. Mais lágrimas mesmo.
Nota: 9,5