Crítica | Não Se Aceitam Devoluções (2018)

A história de Não Se Aceitam Devoluções é extremamente simples e ao mesmo tempo extremamente rasa em boa parte da trama. Juca (Leandro hassum) sempre foi um mulherengo irresponsável, até que um dia bate à sua porta Brenda (Laura Ramos) com uma menina que ela alega ser de Juca. Depois de pedir o dinheiro do táxi, Brenda acaba sumindo e deixa para trás a filha aos cuidados de Juca, que se acaba se vendo obrigado a cuidar da criança enquanto procura por Brenda.

As piadas do filme em geral não funcionam, pode até arrancar um sorriso amarelo aqui e outro ali, mas nesse primeiro momento ele mais parece uma série ruim de comédia. A edição não funciona, e quando mais tarde o filme faz uma passagem de tempo, as coisas parecem se perder ainda mais na história.

Sem conseguir encontrar a mãe de sua filha, Juca acabou criando a menina nos EUA, para onde foi na tentativa de achar a mãe da criança. Um aspecto fundamental do personagem, sua covardia, nunca é trabalhada de maneira satisfatória – embora o filme tente tocar no assunto diversas vezes, mesmo apresentando alguns poucos elementos que funcionam. Não Se Aceitam Devoluções é basicamente uma comédia ruim e sem muitos atrativos, além de ir perdendo o ritmo gradativamente e errar grosseiramente nos momentos quem que tenta mesclar drama e comédia, em especial no último ato  que é cafona e beira o mau gosto.

Nota: 4

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