Crítica | Talvez uma História de Amor (2018)
É possível resumir brevemente Talvez uma História de Amor como um filme divertido e que mistura bem elementos de comédia romântica, com uma pitada de humor e mistério. Tudo isso somado a um protagonista com uma personalidade bastante particular, que é trazido à vida com extremo carisma por parte do ator Mateus Solano; basicamente uma possível comédia romântica leve e que certamente vai agradar os amantes do gênero.
A história do filme gira em torno de Virgílio (Mateus Solano), que é surpreendido por uma mensagem de uma mulher chamada Clara (Thaila Ayala) em sua secretária eletrônica; uma mulher que ele acredita não conhecer, mas essa tal recado de Clara se trata de uma mensagem onde ela termina o relacionamento dos dois. E é a partir desse acontecimento que nós vamos acompanhando Virgílio tentando entender o que está acontecendo; quem seria essa Clara? Como ela deixaria uma mensagem terminando um relacionamento do qual ele não se lembra de ter existido? Como ele pode ter apagado alguém da memória completamente?
Partindo desses questionamentos, Virgílio começa uma caçada por essa mulher de quem ele não tem nenhuma recordação de ter conhecido, mas aparentemente foi alguém extremamente importante em sua vida. Talvez uma história de amor vai ganhando ritmo enquanto a trama se desenrola, tendo sequências divertidas envolvendo os primeiros momentos de dúvida, antes da procura por Clara, quando o protagonista chega a acreditar que está morrendo, o que rende bons momentos ao longo do filme. Extremamente focada, a narrativa não se prende a personagens secundários ou tramas paralelos, e os poucos personagens que têm algum tempo de tela maior como a sua vizinha Katy (Bianca Comparato) ou o seu colega de trabalho Otávio (Marco Luque), têm alguma função dentro da história.
O campo das comédias românticas no cinema é vasto e povoado de bastante trabalho de teor questionável, mas esse não é o caso aqui. Para quem é fã do gênero, Talvez uma história de amor é uma pedida certa, com uma história boa, um roteiro sem barrigas e algumas participações especiais. Tendo vários elementos emprestados de alguns outros filmes desse gênero e até de alguns dramas, o filme conserva uma identidade própria sendo esse um dos motivos de funcionar tão bem.
Nota: 8
