Crítica | Crô em Família (2018)

O besteirol está para a comédia dos EUA, assim como a Globo Filmes está para a comédia nacional, guardada as devidas  proporções. Crô em família é mais um filme desse filão do cinema nacional que parece já ter encontrado o seu público cativo; não tentando se reinventar ou sair da formulada já estabelecida, mas apostando, mais uma vez, em um personagem já conhecido e que conquistou o carisma público.

O ator Marcelo Serrado encarna mais uma vez um Crô com os mesmos traços extremamente carregados de um drama que apela para o humor, assim como é exagerado na afetação. Nessa sequência do filme original de 2013, são novamente os conflitos emocionais do protagonista o foco da história. Extremamente abalado depois do término de mais um relacionamento, Crô está em um momento bastante vulnerável, quando é surpreendido por um grupo de pessoas que bate à sua porta alegando ser sua família perdida. Mesmo com um extremo clima de desconfiança, Crô acaba deixando a família se instalar em sua casa, o que é feito pelo filme de uma maneira extremamente absurda, mesmo relevando toda a situação por se tratar de uma comédia, mais parece uma esquete ruim de um programa para TV. Podemos destacar dentro do elenco de apoio: Arlete Salles como a suposta mãe perdida, Jefferson Schroeder que está muito bem no filme e com direito a algumas vozes diferentes pelas quais ficou conhecido na internet, Mary Sheila como Magda, Rosí Campos como Almerinda e ainda Fabiana Karla a rainha das cocadas Jurema, aluna da escola de etiqueta de Crô. É dentro desse conflito que os acontecimentos se desenrolam, tentar superar seus problemas emocionais e embarcar nessa jornada para descobrir a veracidade das alegações dessa suposta família é o desafio do protagonista, acompanhado sempre pelas amigas ao longo do caminho.

Sem surpresas, o filme é mais uma vez um pouco daquilo que já é esperado, uma história desenvolvida superficialmente e que no máximo vai arrancar um sorriso amarelo dos mais exigentes. A conversa muda quando tratamos do público alvo, aquele que já consome esse tipo de filme e se diverte com os absurdos, como também a montagem bastante televisiva. Crô em família vale para quem já esperava pelo filme ou já conhece bem o próprio gosto para comédias nacionais do seu tipo; contando ainda com algumas participações especiais o filme vai divertir muita gente, mas não tenta em momento algum ser mais do que o filme original já se propunha, sendo assim, também não é recomendado para uma outra parcela considerável do público.         

Nota: 6  

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