Crítica | Jogador Nº 1 (2018)

Referências de cultura pop, muita música dos anos 80 e uma trama infanto-juvenil ou jovem adulta. Essa é a fórmula de filmes mais comum nos últimos anos; Jogador Nº 1 não vem ser ‘só mais um’ e consegue cativar fácil, não só pelo jogo de referências como também por uma história que é interessante de acompanhar.

O filme gira em torno de um jogo de simulação chamado Oasis, assim, aproveitando-se dessa premissa, ele constrói sequências frenéticas e cheias de ação que encaixam muito bem dentro do universo apresentado, sempre introduzindo a dose certa de nostalgia.

Tye Sheridan e Olivia Cooke em cena de Jogador Nº 1

Com o filme girando em torno do Oasis, a narrativa segue o protagonista Wade Watts (Tye Sheridan), que conhecemos através de Parzival — seu avatar dentro do jogo— e do seu grupo de amigos formado por Art3mis (Olivia Cooke), Aech (Lena Waithe), Sho (Philip Zhaoe Daito (Win Morisaki). A missão dentro de Jogador Nº 1 é conseguir concluir uma série de desafios construídos por James Donovan Halliday, criador do jogo e um dos fundadores da Gregarious Simulation Systems; a competição, que teve início logo após a morte de Halliday, consiste em uma caça ao tesouro e o ganhador leva para casa o Oasis, assim como controle sobre a Gregarious games. Para conseguir chegar ao prêmio, o grupo precisa passar por muitos desafios, não só tentando resolver os enigmas dentro do jogo, mas também tendo que lidar com ameaças no mundo real, representadas aqui, pela IOI ou Innovative Online Industries, lideradas pelo vilão e antagonista Nolan Sorrento (Ben Mendelsohn).

Em muitos momentos o filme consegue criar uma aura oitentista muito genuína, tendo como uma das suas grandes qualidades, uma história que não pausa o desenvolvimento simplesmente para jogar referências na cara do espectador. Elas estão lá, mas são usadas como um elemento narrativo para o desenrolar da história e não apenas como uma muleta narrativa ou simples apelo emocional.

Como conjunto temos um filme equilibrado e bem dirigido, que peca em alguns momentos caricatos demais, em especial a construção de seus antagonistas e o mundo fora do Oasis, mas nada disso tira o mérito ou o fator de diversão e entretenimento. Jogador Nº 1 é um prato cheio para nerds e geeks de várias gerações e inclinações, não somente pelas referências abundantes ao universo da cultura pop mas também pelo respeito com que trata todos esses elementos referenciais. O mais importante de tudo é que o filme consegue ser inclusivo não só para quem vai conseguir reconhecer a maioria dos elementos pop inseridos, como apela também para o público geral por ser uma história divertida e visualmente impressionante.

Nota: 8

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