Time’s Up – O movimento que abalou Hollywood
No começo do ano, durante a temporada de premiações, várias atrizes –como Emma Watson, Anne Hathaway e Thandie Newton– aproveitaram esse período de grande visibilidade para expor o movimento Time’s Up.
Com o intuito de ajudar e melhorar o ambiente de trabalho na indústria cinematográfica, Time’s Up protesta contra todas as formas de assédio e de violência sofridas pelas mulheres nesse meio. É evidente para todos que a igualdade de tratamento e a igualdade salarial, na maioria das vezes, não são uma realidade entre homens e mulheres. Por isso, o movimento busca uma mudança não só na estrutura do ambiente de trabalho, mas também na própria cultura –cultura essa que valida o assédio e consente com a discriminação.
“Assédio sexual, retaliação e ambientes tóxicos de trabalho existem quando os locais de trabalho não são completamente diversificados e inclusivos para todos os níveis e quando funcionários não são capazes de se sentirem seguros ou de atingir todo seu potencial. Investigações independentes de supostos crimes e a saída de alguns executivos é só o começo. O real progresso só pode ocorrer com o claro compromisso a uma mudança estrutural, à longo prazo, do topo até a base da hierarquia.”
Trecho da carta aberta do Time’s Up
O movimento começou com cerca de 300 mulheres de Hollywood e hoje tornou-se global. Uma das principais falas do Time’s Up é que para acabar com o assédio sexual na indústria, antes é necessário resolver a desigualdade, porque o desequilíbrio de poder está nas raízes do assédio. Nesse sentido, seu foco é o combate à exclusão feminina e racial, além da falta de equilíbrio na distribuição de poder no mundo cinematográfico.
Time’s Up convida as mulheres de todo a mundo a falarem, tomarem ação e agirem contra a discriminação e a violência que sofrem. Está na hora de poder falar abertamente sobre o que acontece e acreditar que a punição pelos atos discriminatórios e abusivos são possíveis. E não estamos falando apenas de Hollywood. No lugar em que se encontra, você pode fazer a sua parte para mudar essa cultura arcaica que, por algum motivo, insiste em inferiorizar o papel feminino. Você só precisa agir.
#Time’sUp