Crítica | Desventuras em Série – 2ª Temporada (2018)

É preciso paciência.

Por mais instigante que a história dos irmãos Boudelaire seja, por mais caricatos , engraçados e absurdos sejam os personagens envolvidos na história  e por mais bela a fotografia, é preciso paciência. Paciência pra acompanhar a terrível história dos órfãos e sua sequência de infortúnios acontecimentos. E um pouco mais para aguentar as — muitas vezes desnecessárias — intervenções do narrador Lemony Snicket.

Neste novo pacote de 10 episódios, acompanhamos a continuação da fuga dos irmãos Klaus, Violet e Sunny do terrível vilão Conde Olaf, que aqui está mais malvado e menos inventivo que em sua primeira temporada, tornando o personagem mais cru e real. Ele é pura maldade. O trabalho do Neil Patrick Harris como o Conde Olaf é impecável. Toda a construção do personagem, a rápida variação de tons em sua voz e cada um de seus disfarces é meticulosamente preparado.

Foto: Divulgação Netflix

Temos novos personagens que introduzem camadas à trama e se despedem com grande pesar, deixando sua marca na história e a série com um ar ainda mais sombrio. Os segredos que envolvem a morte dos pais dos irmãos está longe de ser desvendado, e para isso, a segunda temporada não se interessa em contribuir; seu papel é aumentar ainda mais o mistério e expandir aquele universo — que  mesmo assim ainda parece pequeno.

Com atuações sólidas, um roteiro bem escrito e amarrado além de um design de produção fantástico, a segunda temporada de Desventuras em Série vale a pena ser conferida. Mas sinta-se avisado(a): Look away/Look away.

 

Nota: 8,5

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