Crítica | A Freira (2018)

Seguindo o caminho aberto pelo primeiro Invocação do mal, dirigido por James Wan no longínquo ano de 2013, A Freira vem ser mais uma adição a esse universo compartilhado do terror que é uma das galinhas dos ovos de ouro da Warner Bros. Não tão bom quanto os capítulos principais como Invocação do mal 1 e 2, mas também longe de ser um dos pontos mais baixos desse universo, lugar ocupado, por enquanto, por Annabelle.

O filme pode ser resumido como um “Valak Origins”. O demônio que já é bem conhecido para quem acompanha a franquia Invocação do mal é quem move toda a trama. Temos algumas explicações sobre como essa figura demoníaca chegou ao nosso mundo, sempre de uma maneira bastante expositiva. Embora não seja ideal, é comum ao gênero, assim como um clima de “ainda existe algo a ser contado” sempre que temos sequências de exposição e explicação. Diferente  do vilão já conhecido do público, nossos protagonistas são novos: Padre Burke (Demián Bichir) , Irmã Irene (Taissa Farmiga) e Frenchie (Jonas Bloquet)  são o trio responsável pela luta contra as forças malignas.

 

Com um enredo bastante simples, e inclusive batido, toda a história vai se desenrolar em um convento no interior da Romênia. O ponto de partida inicial é o suicídio de uma das freiras, que teve o corpo encontrado justamente por Frenchie. Tendo motivos para acreditar que forças perigosas estão agindo, ordens diretas do Vaticano incubem o Padre Burke de investigar os acontecimentos ao lado da Irmã Irene. Embora o filme ache razões para que Irene tenha sido escolhida para essa missão, sua escolha parece ter sido jogada de qualquer forma, e em alguns momentos, ela está lá sem função alguma. Considerando que ela tem mais tempo de tela e importância narrativa, essa falha pode ser considerada importante.

A direção de Corin Hardy e a história de Gary Dauberman vão conseguir alguns sustos da plateia, mas muitas escolhas são discutivelmente exageradas. Mesmo bem, a personagem de Taissa Farmiga não é tão bem explorada como deveria, e isso fica pior quando se trata do conflito do Padre Burke com um acontecimento de seu passado recente que nunca parece ter o peso que deveria para gerar algum envolvimento sentimental por parte do espectador. A Freira não é o melhor terror que você vai ver, mas vale a pena para quem  é fã do gênero, especialmente se você já acompanha esse universo.

 

NOTA: 6,5 

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