Crítica | X-Men: Fênix negra (2019)
Finais são geralmente complicados, especialmente em alguns casos como em X-men: Fênix Negra, se tratando de uma franquia tão duradoura e de tantos altos e baixos não é missão fácil concluir os arcos e histórias apresentadas de maneira competente e satisfatória.
Os X-men sempre sofreram ao longo do tempo com o próprio sucesso e o desenvolvimento dos filmes de herói; seguir ou não uma fórmula que funciona em outro universo e estabelecer alguma lógica dentro de uma cronologia confusa, são só alguns dos desafios que podemos citar. Junto a tudo isso misturamos a compra da FOX pela Disney e a necessidade de encerrar de vez a história dos mutantes contada até aqui e temos X-men: Fênix Negra como resultado.
A premissa básica do filme é muito mais próxima da ideia original da criação da Fênix, diferente do que já foi feito no universo mutante da FOX, pois se tratando de um universo confuso essa não é a primeira vez que vemos os filmes tentando engatar esse arco dos quadrinhos. Os elementos básicos estão ali, inclusive entregam um resultado satisfatório em alguns momentos, apoiando-se principalmente no elenco, que consegue entregar o que o texto pede, tudo isso aliado a um nível de produção e de claro cuidado com quem está por trás das câmeras.
O filme tem um tom bem definido e uma história que, embora bem distante de alcançar todo seu potencial, consegue entregar personagens que são coerentes com a sua jornada dentro do arco iniciado em X-men: Primeira classe, infelizmente muito do que poderia ser explorado fica de fora por falta de tempo, mas também uma clara influência de movimentos de bastidores, já que o filme sofreu com diversas refilmagens e mudanças, tendo inclusive a estreia adiada. No fim das contas o saldo de toda a jornada dos mutantes dentro da FOX, começando no longínquo ano 2000, além de positivo, é fundamental para a existência do que hoje entendemos por “filme de herói”. X-men Fênix Negra é um capítulo de despedida indispensável pra quem quer se despedir dos mutantes, ao menos por alguns anos, afinal, o MCU vem logo aí na esquina.
Nota: 7
