Estrela do filme Taxi Driver, de 1976, o Checker Marathon começou a ser produzido em 1955 pela Checker Motors Corporation. Mas não foi somente nesse filme que ele apareceu. Sua fabricação foi até 1982, e durante muitos anos foi o carro escolhido pelos taxistas de Nova York. Durante todos esses anos em que esteve em produção, se manteve praticamente sem mudanças. Foram mais de 100 mil unidades produzidas.

Foi na cor amarela, com a faixa quadriculada nas laterais que o sedã tornou-se um os símbolos da cidade. Tudo nele foi feito pensando no conforto dos ocupantes. As portas traseiras abrem em um ângulo de 90 graus e o banco de trás comporta três passageiros com conforto. Tinha duas opções de motorização da Chevrolet: um seis cilindros em linha, 3.8 litros e 142 cv, e um V8 com 5.8 litros e 198 cv.

Taxi Driver

No filme, o motorista do táxi é ninguém menos que Robert De Niro, no papel de Travis Bickle. Seu personagem sofre de insônia e passa a trabalhar como taxista durante a madrugada. Observa a cidade e luta contra o que considera a escória que a contamina. Numa noite, Iris (personagem de Jodie Foster) entra em seu táxi para fugir de um cafetão e ele fica obcecado em salvá-la.

Dirigido por Martin Scorsese, Taxi Driver foi nomeado a quatro categorias do Oscar e ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1976. Em 1994 foi selecionado para ser preservado no National Film Registry em 1994. Muitos críticos e grande parte do público considera-o um dos melhores filmes de todos os tempos.

O papel social do filme é de extrema importância, pois mostra todo o mal-estar da sociedade americana à época. Travis, acompanhado sempre do seu táxi Checker Marathon torna-se uma espécie de justiceiro de Nova York. Foi o primeiro papel de protagonista em que De Niro brilhou, ao lado de uma Jodie Foster de apenas 13 anos.

Sem adicionais, com papel importante

Entretanto, não foi preciso que o carro tivesse adaptações, como o Aston Martin DB5 do 007 e o Lincoln Futura Batmóvel do Batman. O Checker Marathon foi um dos elementos que manteve o filme o mais próximo possível da realidade. Além de trazer todo o seu charme às telas de cinema, que até hoje não pôde ser imitado. Nas mãos do protagonista, o táxi virou mais do que um simples instrumento de transporte, mas uma maneira de observar a sociedade e ferramente de justiça, aos olhos de Travis Bickle.

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